nasce uma febre dentro do corpo
que não assoma à pele
um fogo nos olhos expande o medo
o desespero de não saber carrega-se
na carne nos ossos expostos
a este silêncio interno a este frio
lava-se a cara pelas manhãs
sem fixar os olhos no espelho
sai-se de sorriso em esforço
passos largos em direcção ao dia
de dor invisível na garganta
carrega-se o nosso corpo por dentro
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