uma linha no chão
diz-te quantos os passos incertos
quantos os anos
no lado de cá do limite
correr ou parar de medo
quem desenhou
a linha no chão
não contou contigo
não previu os teus pés sobre
o risco a apagar o caminho
quem desenhou
a linha no chão
não te sabe a teimosia
o caminhar lento
o salto sobre o destino
o grande medo de cair de borco
sobre os destroços acumulados
no tempo o relógio acelerado
a coragem indistinta
do medo novo a cada dia
quem desenhou
a linha no chão
não entende as profundas marcas
na terra quando fincas os pés
e abres abismos para o interior
recusando que em frente
seja o caminho
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