partem-se espelhos
contra punhos cerrados
quebram-se os dedos
na procura do alívio
não se grita a dor
guarda-se o sangue próprio
em frascos novos datados
para beber na velhice
chora-se o menos que se pode
desviam-se os olhos da vida
escreve-se uma palavra
atrás de outra em segredo
nos cadernos privados
fica-se sentado no medo
ou de joelhos prostrado
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