Sunday, March 12, 2006

chegado ao fim da rua encontro um beco
nenhum lugar por onde continuar
de testa na parede descanso à espera
deixo os braços caídos ao longo do corpo
agora começo a assustar-me a pensar
nos passos errados que me trouxeram
o que sou eu senão estes passos
o que sou eu senão estas lágrimas quentes
que me enchem os olhos exaustos de não querer ver
penso em voltar atrás mas atrás até onde
vou ficar aqui de testa na parede adormecer
é tão longo o labirinto e em mim tudo me diz
que esta parede é a minha saída

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