Monday, February 13, 2006

morreremos de vergonha junto ao mar
verde profundo da nossa infância

junto ao mar morreremos de tédio
parados rente ao turbilhão das águas
cegos de sol e vento morreremos
olhos fixos em nada

de mãos dadas de medo ficaremos
encostados às rochas milenares
de corpos enterrados até à cintura
guardaremos silêncio


junto ao mar indiferente à nossa morte
saberemos o tamanho da vida

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