guarda no silêncio
um desejo novo
um quintal virado a sul
uma planta a crescer
ao longo do dia parado
entre a manhã e a noite
demorada
um bocado de terra
onde plantar tempo
todo o tempo de sobra
um céu vermelho sangue
onde perder os olhos
uma árvore de voz com
rostos a sorrirem nas
tardes húmidas de Março
um bocado de terra
onde enterrar os braços
até criarem raízes
brancas indeléveis
linhas em direcção ao centro
da terra
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