Thursday, May 24, 2007

se um corpo se deita na praia
e é inverno de todos os modos
abrir-se-á a noite

a cada dia
sucederá o perigo
uma palavra há-de servir de muito
se apenas tu me ocorres

Sunday, May 13, 2007




carrega-se o corpo todos os dias
ao longo da luz das árvores
perigoso é o sol nas ruas
a bater na memória
perdem-se objectos a cada passo
mal dado à pressa
e se a infância te persegue
com os seus risos e alegrias
viras as costas que a vida
há-de estar mais além na noite

Tuesday, May 01, 2007

soltam-se folhas visíveis
nas esquinas das ruas
voam

traz-me o dia construído à mão

e uma apara de luz

volto a ti sempre que o céu escurece
assomo ao medo o teu rosto
cortava dos pulsos as mãos
até esvair de sangue o coração
se soubesse que apenas aí habitavas